Provavelmente o restaurante mais famoso da Liberdade, o Aska é uma casa especializada em lámen e gyoza, com ambiente limpinho, atendimento hostil, preços módicos e fila, muita fila, em especial nos dias mais frios.
Hoje fui até lá jantar com o pessoal do trabalho, apesar da total falta de fome... Para minha surpresa, só para contrariar minhas expectativas, não havia fila e conseguimos a última mesa que estava livre sem espera alguma. Obviamente, tinha que acontecer alguma coisa bizarra no atendimento: momentos depois, perguntaram se a gente poderia trocar para uma mesa menor, porque havia acabado de chegar um outro grupo de pessoas. Enfim...
Para os não-iniciados em lámen, a idéia básica é não fazer qualquer tipo de associação com miojo de pacotinho. Num mundo mais abstrato, ambos os pratos são compostos de macarrão num caldo salgado e, portanto, estão na mesma classe de equivalência, mas no mundo concreto são coisas diferentes. Existem vários outros restaurantes de lámen no bairro (lembro do New Mimatsu, que fica em frente, e do Kazu e Porque Sim, na Tomaz Gonzaga), mas o Aska é, na minha opinião, o melhor -- se bem que nunca comi o do Porque Sim, mas dizem que não é tão bom....
Sempre peço o caldo Tonkotsu, que é de porco, temperado com shoyu. Dá pra pedir com sal também, mas aí fica um tanto insoso, ou com missô, só para os mais agressivos. Usualmente, eu vou de Chasu Tonkotsu, que leva mais pedaços de carne, mas hoje eu acabei pedindo um Negui Tonkotsu -- um pouco mais light, lembrem que eu fui jantar sem fome -_-'
Para ficar feliz de verdade, é bom acrescentar um pouco de pimenta que eles têm no restaurante. Eu uso essa pimenta vermelha da S&B -- é vendida em várias lojas na Liberdade, eu sempre tenho um vidro desses em casa.
O preço da brincadeira: R$ 13,00 do macarrão e mais R$ 2,00 de refrigerante. Posso até estar enganado, mas acho que os preços são os mesmos já há alguns anos... Ah, eles só aceitam dinheiro ou cheque...
Como sempre tem espaço para gelatina, resolvi comprar um sorvete de sobremesa. Consegui achar o mais fantástico dos sorvetes -- não, não é Melona. Trata-se disso aqui:
É um sorvete de baunilha com azuki (aquele feijão japonês) num simpático formato de peixe.
Já fazia um tempo que eu queria ir nesse izakaya (bar japonês) e ontem surgiu a oportunidade. Fica na Liberdade, na Av. Barão de Iguape, 89. O local tem alguns banquinhos próximos ao balcão, 3 áreas de tatames para 4 pessoas e uma para 8 pessoas; essa última é bem grande, acho que daria até para dormir por lá mesmo ^_^
Como o lugar está mais pra bar do que pra restaurante, é mais legal ir em um grupo grande e pedir várias porções diferentes. Pra quem curte beber é ainda mais legal; como sou perdedor com álcool em geral, acho que perdi metade da diversão -_-'
Pra começar, entrada com 4 porções: tsukemono (conservas) de nabo, berinjela assada, acelga e uma quarta coisa da qual não me recordo -_-' Será que não eram só 3 porções mesmo?
Depois disso, takoyaki, os famosos bolinhos de polvo. Acho que foram os melhores que já comi no Brasil...
Okonomiyaki, a pizza japa, com aqueles flocos de peixe por cima que fazem parecer que o prato está vivo... Muito bom também, não sei o que a receita leva, mas uma coisa é certa: tem camarão... Beware, alérgicos...
Cozido de nirá com fígado (pelo menos eu acho que era fígado -- ninguém lembrava de ter pedido isso). O nirá estava normal -- ou seja, gostoso -- mas tenho certa ojeriza em relação a fígado... Assim como acontece com moyashi (o broto de feijão), estou para ver o raiar do dia em que comerei um prato com fígado que me fará feliz...
Depois disso, sanma (peixe) assado com nabo ralado. Não tem como errar...
No final, mais duas coisas das quais me esqueci de tirar fotos: oniguiri recheado com umeboshi -- muito bom, mesmo -- e uma porção de curry rice - também estava bom, mas menos apimentado do que eu estou acostumado. A sensação que o prato traz é tão ou mais importante do que o sabor ^_^ Soa meio gay, mas enfim, acho que tem gente que concorda comigo:
Matsumoto e Hamada conversando sobre curry... LOL!
Sobre a parte alcoólica da coisa: provei um pouco de shochu de batata. Normalmente, acho que shochu não tem gosto de coisa alguma, e como ainda por cima estava com gelo, só percebi o cheiro de álcool -_-' Já o nihonchu quente é bem mais legal, levemente adocicado e sabor suave. Se eu não fosse tão fraquinho, teria pedido um monte disso aí....
Saldo da brincadeira: R$ 65,00 pra cada um. Acho que valeu a pena...